sábado, 5 de setembro de 2015

Rodapé

Desatino isto do sucedido irreal!
Saber-se irreversível o acontecido 
E tudo é o mesmo duma maneira 
Totalmente (in)diferente; saber até 
Se sabe mas agir tem a sua rotina.
A roda que gira leva seu tempo a 
Parar e quando deveras pára é a 
Rodar que a vemos no olhar. Vale
Isto para tudo mais que de súbito 
Nos sai da vida dum jeito tal que 
Andamos à nora engenho d'água 
Fosse porque nos gira a cabeça 
Num sentido, o coração noutro e 
Aqueloutro a alma caída aos pés.

(c) Filipe M. | texto e fotografia (2015)


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