terça-feira, 29 de setembro de 2015

O Centauro

É o tempo demorado
Chega como um abraço 
Lânguido dos braços dos
Rios que cingem teu corpo 
O delta expandindo-se além 
De si escorrendo pelas vastas 
Terras da lezíria que amanhece
Na notícia do amor que me fora 
Encontrado como uma barca que 
Nadasse um último fôlego para me 
Chegar viva, exausta por não haver 
Barco algum capaz do destamanho 
Do amor, maior do que o mar que o
Embarca; maior que o galope plano 
Dos cavalos que correm o belo voo
Da sua liberdade, desfraldando as 
Auras crinas; esses seres alados 
Que me elevam leve e tão, tão 
Feliz de gratidão para o para 
Lá de mim no júbilo celeste 
De tudo o que nunca terá 
Fim ➰

(c) Filipe M. | texto e fotografia (2015)

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