quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Mãe d'Água

Há o início da compreensão 
Mais íntima disso que me digo:
Não é a amarra que segura barco 
Ao cais. Vê os contrários. Não há
Partida, que é o barco; há aqueles 
Que ficam, é o cais. Dá-me a corda
Há correntes tão fortes que ligam 
O rio ao mar há beijos que duram 
O olhar infinita mãe d'água onde 
Todos os dias te bebo menino 
Pai. Vê, um novo dia nasce
Vou sonhar-to oferecer-to; 
Devo-te estes acordares 
De tantos contrários!

(c) Filipe M. | texto e fotografia (2015)

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