domingo, 23 de agosto de 2015

Fez-se Domingo no meu peito

Um pássaro poisou no parapeito 
Janela ensonada do corpo; olhei.
Olhei-o na demora do Belo. Nem
Inquieto, nem assustadiço. Sorri.
Sorriu. Falámos breves silêncios 
Demorados e percebi. (Percebi!) 
Quando voou deixa quatro flores 
Brancas na manhã do meu peito.

(c) Filipe M. | texto e fotografia (2015)

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