terça-feira, 6 de outubro de 2015

A água da flor

A boca um exército adormecido.
Acordai a palavra que desperta 
A que edifica e que nos levanta 
A mesma que derrota e corta e 
Adia e nos mata a palavra dita 
A palavra maldita que interdita 
A boca que beija ou a mesma 
Que encena a palavra falsa ou 
A que se arrepende a mesma 
Que nos chove dos olhos as 
Lágrimas choradas a boca 
Estuário a água da flor a 
Palavra que perdoa que 
Me eleva que te traz a 
Palavra redentora a 
Palavra toda ela a 
Paz que procuro
Exército indolor
Procuro amor 
Encontrar-te
E dizer pai 
Mãe e tu 
D'amor 
Capaz! 

(c) Filipe M. | texto e fotografia (2015)

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