sábado, 27 de junho de 2015

O arco-íris

Não optei; Sou. 
Não tenho orgulho no que Sou. 
Tenho orgulho por viver o que Sou. Tenho pais, irmão e sobrinha de que me orgulho e que me tratam pelo nome (em família Filipe ou Pipo), a maior conquista de todas. Amam-me por quem Sou e não pelo que Sou. Tenho o amor dos meus amigos e encontrei nos namorados que tive o privilégio de me terem ensinado o amor, a ternura e a ventura do prazer (de viver). Não me arrependo de nada. Errei para crescer. Não faço de quem Sou uma fisga e do que Sou uma pedra que arremesso a quem escolheu não me amar. Sigo o meu caminho. Tranquilo e intranquilo, como todos. 
Somos o nosso nome; o que faço do meu é a bandeira que ergo. 
Chegam ecos duma primavera esperada do outro lado do mar. Saibamos ser felizes e sóbrios neste momento jubiloso. As cores do arco-íris trago-as há muito na alma quando, tem anos, apresentei o meu namorado aos meus pais e ao meu irmão e sobrinha, mana, Nuno e amigos e o trataram pelo nome e o fizeram da família. Sou um felizardo e privilegiado por ter gente que me deixa ser transparente e que me dão um nome: o meu. 

(PS: nestes dias sou um pouco norte-americano, em cores suaves, as da tranquilidade da minha verdade)

(c) Pipo | texto e fotografia (2015)

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