quinta-feira, 25 de junho de 2015

A Mesa

A última palavra
Infecundo verbo 
O mundo secou
E ninguém dentro 
Que a diga e oiça
O arco aberto 
D'alva cantaria 
A pedra de fecho 
Sustenta
Cuja mão muda desfez 
Por ninguém capaz 
De assomar o dia 
À sua alta mesa 
Sua elegia canta
A palavra anunciada 
Sempiterna adiada 
sobreviva no breu
E como tudo o
Que insepulto viveu
Em lado nenhum morreu. 

(c) Filipe M. | texto e fotografia (2013; 2014)






Sem comentários:

Enviar um comentário