terça-feira, 26 de maio de 2015

Um ponto (a)final

A dado passo entramos numa clareira e tomamos esse ponto de luz como um acontecimento central. E todo o antes é requisitado na (re)leitura do itinerário da sua predição. Se acontece cair sobre aquela o termo crepuscular todo o depois é despido de sentido próprio, tomado, cá dentro, como um anti-caminho, como indevido curso, a sua retrodição. A inventiva cria essa estranha doçura que na vez de açúcar produz limalha; e custa a destrinça porque luz como a luz de outrora. Mas como um engenho de roda dentada, fez-se do que por igual desfez: uma hipótese isenta de passado e um futuro sem (an)coragem.

(c) Filipe M. | texto e fotografia (2015)


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