quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Um tempo, um modo, um lugar

Um tempo, um modo, um lugar. Não o verbo.

Sabes que sorrio! Inalterável ser seu género;

Nunca um verbo, a tantas vozes, logo tu que 

Gostas de estar calado; advérbio: o amanhã 

Provavelmente algures. Dois sem mais nada 

Deixando para trás aqueles não convidados 

Que apareceram naquela boda que jurámos

Nua em testemunho a lua que nos acendeu 

Caminhos de mar, mão líquida de honor sua

Ondeia fulgentes anéis em nossos dedos, é 

De prata a noite. Salva seu altar quem julga

Que perdido é pra nunca mais se encontrar. 



(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)

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