quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Hélio

As palavras têm portas mágicas para que as 

Entremos; são coisas móveis que trazem em 

Si, se as lermos e as dissermos pensadas ou 

Faladas como balões de hélio fartos subindo

O acordar seu torpor, sentimentos e lugares

De amor, pensamentos quase gestos, fins e 

Começos, mundos reais e irreais, confissão

Dum querer, do abandono porque se viveu 

Aquém ou demais tempos órfãos de lugar. 

São depois e antes de nós: assim seja vez 

De nascer e dizer mãe e pai ou hora de se 

Morrer e, segunda última vez, o dizermos

Preces tão vãs: ah meu pai e minha mãe! 



(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)

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