quarta-feira, 29 de julho de 2015

Pomar

O pomar e suas árvores de frutos-de-mel-metáfora carregadas ou, duma certa forma, aquele o dia esperado; ou apenas o momento daquele dia. Desde então? Esse dia e o seu momento. Às vezes, esse dia nos dias correntes, muitas vezes, outras, nenhuma (vagamente uma verdade!). E somos muitos, para lá de tantos; cada um e o seu dia e dentro, marsupial, o momento que o parasita. Digo isto como se falasse de mim; como se falasse por ti e por todos os outros; digo isto como se fôssemos árvores; como se de todos os frutos da que foi do par primeiro primordial fôssemos o indesejado chão dos seus pés. 

(c) Filipe M. | texto e fotografia (2015)


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