sexta-feira, 17 de julho de 2015

Compasso

Quando o braço 
procura na alva
Espuma do pano 
O lado do teu corpo 
Que se encosta ao 
Meu e só me chega 
A cama crescida em
Seu tamanho sei o
Novo travo salgado 
Da rede que em vão 
Procurou pescado 
E o corpo dobra-se 
Em ponteiros sóbrios 
Que marcando as horas 
Que se fica acordado. 
Calado para nenhum 
Lado vou e cresço a 
Diagonal que engana 
O nado-morto do braço 
Cansado que desenha 
A compasso o raio do 
Medo em que se fica 
Parado e pequeno no 
Amor que se perdeu. 

(c) Filipe M. | texto e fotografia (2015)

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