sábado, 4 de julho de 2015

Gomos

Fomos futuros em gomos
Fome de tudo sermos
Entre o sonho perdido 
Há um sempre adiado 
E um outro inventado 
Somos o que mantemos 
Da fonte de que nascemos
No hiato do dia e da noite
Há pássaros encantados 
Florindo por fora as penas
Que por dentro trazemos 
Serena soma dos medos
É o sorriso que vestimos
Mesmo quando os olhos 
Digam que dos teus sou 
Apartado e que não vou 
A nenhum lado sem que 
Te veja imaginado ser e
Entre a luz promitente e 
O final do dia desistente 
Há um terreiro em nós 
Onde decorre a bravata 
Do lado nosso que ficou 
E essoutro que começou.

(c) Filipe M. | texto e fotografia (2015)




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