quinta-feira, 26 de março de 2015

Passageiro

Tudo é frágil; tudo é precário; tudo é passageiro. Porque é isso que somos: passageiros. 
Nada é nosso; nada damos, nem nada nos é dado. Emprestamo-nos, uns aos outros; proporcionamo-nos, uns aos outros. 
E este tempo de gerúndio que vou vivendo tem trazido mais do que alguma vez pedi ou sonhei para mim. 
E, porque tenho tido sorte, acreditei apenas sempre mais uma vez das muitas vezes que desisti. Pequenas mortes, pequenas ressurreições numa vida-viagem feita de passageiros que me dão amor, amizade, ralhetes e que me ensinam os lugares do mundo. 
E aprendo (a custo!) que a tristeza e a felicidade são tempos e termos transitivos. Eles podem ser os veículos, mas sou eu o condutor! 
[Dezembro, 2014]

(c) Texto & Fotografia | Filipe M. 

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