sábado, 10 de setembro de 2016

Imensamente belos

Num dia foramos novos
Noutro éramos velhos
E sabíamo-nos belos 
Sem saber porquê.
Demos aquele tão 
Antigo beijo Nívea
Nudez primordial.
Inaugural tua pele
Do amor só nosso 
O mais alto espelho
Desta chorada alegria
Lágrimas de pétalas a flor,
Por teu peito d'Outono caídas.
Seremos os imensamente belos,
Porque morreremos já tão novos 
O anel fechado; pergunta aberta!



(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)

Sem comentários:

Enviar um comentário