quinta-feira, 16 de junho de 2016

O meu tempo daqui

Nunca mais é-o só por enquanto. 
Enquanto contingência de eu ser
Daí que a cada dia mais o nunca 
Mais é maior quando na verdade 
Será menor porque a decrescer 
O meu tempo daqui e o parecer 
Muito é porque o quanto deste 
Viver não me é dado conhecer
Mas contrói ilusão de infinitos 
Tempos tua vasta eternidade 
A espera que desespera ser 
Lonjura minha humanidade.


(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)

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