segunda-feira, 13 de junho de 2016

O dia depois (II)

Há traineiras mortais nos teus olhos,
Timoneiro sem frota doca seca dum
À-beira rio onde ninguém ouviu que 
Afinal chamavas por ti Pelas ruas da 
Cidade onde hoje todos dormem foi 
Longa a noite vestida da alegria que 
Me emociona porque há tão grande
Generosidade em quem troca choro 
Por riso que deles aceitei as mãos e 
Fui rio e subi e desci todalas as sete
Colinas e no regresso a casa, acaso
Feliz, vi-te nestas mesmas escadas 
Onde faz agora anos te perdi ondas 
Que sofri e ouvi o teu nome e olhei.
Ainda eras tu e ali ainda fui eu que 
Subimos as escadas e dei a minha 
Mão e te subi e despi e fizemos do 
Amor uma alegoria do que poderia 
Dizer e dormi teu sono meu sonho. 


(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)

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