quarta-feira, 22 de junho de 2016

O dia II

Talvez um dia venha a entender 
Porque fere tanto a luz Esta luz 
Da alegria do novo dia, aprumo 
Do meio-dia; gume que incide. 
No amanhecer, no entardecer 
Creio sentir amenidade. Invés
Estes doces colos da cidade:
Suas sombras alongada paz 
Que nos convoca tão antes 
De reclamarmos o ser seu 
Lugar dentro de nós. Esta
Só veste o que se despe. 
E só se despe quem no 
Andar vestido destapa
O conto meio a medo.


(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)

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