quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Quiçá!

A partir dum dado momento compreende-se; compreender é entrar no compreendido e vermo-nos a partir daí: o onde peixes saem da água e as aves lhes tomam o lugar porque os territórios se tornam intolerantes às paredes. A terra aspira ao céu; sempre assim foi; sempre assim será. Não por ser verdade; não forçosamente por ser verdade. Mas por ser um desejo, quiçá mais forte do que qualquer verdade, de abrir mão de tectos, de chãos, de portas, de janelas, de paredes e de telhados e vivermos o aberto porque edificámos casas (me)moráveis dentro de nós. Mas deixemos as varandas: são os palcos das ruas do mundo.






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