segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Dentro

Sim: o amor. Substância de irradiação própria. Extrínseca. Reverbera sobre a pele, um laranjal, a pluma do ar, o sal do mar; a nua planície, toda ela lunar; toda ela boca vaginal da sede dessa água, desse curso de humores. Bem sabemos que não é luz própria que se acende, contudo acendemos um espelho aberto nascendo aos olhos um do outro e há o braile gramatical dos corpos onde as mãos desenham por fora tudo o que de inefável trazemos nos nossos dentros.


(c) Filipe M. | texto e fotografia (2015)

Sem comentários:

Enviar um comentário