sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Sabendo

Soubesses o cansaço 

Pedras que pesam os 

Pés que não andam e

Mãos que não voam e 

Se to disser, por certo 

Sei que me crerás tolo 

Daí me calar até ser dia 

E nunca mais regressar;

Muito menos a mim mor

Do que a qualquer outro

Lugar de ti nunca sequer 

Tentar me apartar eu sou 

Essa parte que não podes

Amar nunca entrado saído

Um círculo o raio abraçado

A compasso desenhado no

Diâmetro de lado a lado céu

Geométrico que seguro com 

Meus braços azul até mais o 

Não poder suster em dor cair 

Em mil pedaços o meu sonho 

Pedaços que refaço à mesma

Precisa cor azul, eternamente 

Sísifo, cada pedra pena acima 

E abaixo, e tantas apenas uma

Ainda assim, talvez num tempo 

Tardo possa repouso encontrar.



(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)

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