domingo, 6 de novembro de 2016

Inevitabilidade

Inevitável; inevitavelmente dou por mim 

Lá. Algo no lugar da vontade. Conduzido

De olhos vendados e essa mesma oculta 

Mão deslaça: lá, o terreiro onde tanto eu,

Tantos sucessivos eus, inícios inacabados. 

Como se um remoinho, um motor dentro, 

Impedisse a água que poderia ter sido o

Meu próprio rio para que me acabasse. 

Que pena! Tantos fins sem começos.

Inda assim, traços, sopros do vento

Belo, passam e olho-me infindo...



(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)

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