segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Paradoxo

"Das águas e do seu curso só fica o que importa. São a lima doce dos dias que, afastando-te, te trazem. Inteiro. Inteiro pelo crivo da luz. O andor do tempo que nos passeia entre princípios e fins. E por fim um seixo redondo por sobre o tapete da praia e pelo sortilégio da luz o teu reflexo em mim. Transparentemente líquidos: eu e o eu para ti. Ou o eu de ti. O de mim em ti. Serenos todos estes. Paradoxo: por fim o Amor ou o que fica quando tudo passa. O que passa fica; o mudarmos nós. O queremos ser o que não fomos, o queremos deixar de ser a razão deste presente futuro." Filipe M. 

(c) Filipe M. | Fotografia: Funchal, 2014. 

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