terça-feira, 31 de janeiro de 2017

[O pão da boca]

Houve um dia que pensei que sim 

E não um não dito assim Sabemos 

Que o ocaso tem por antes bastas 

Horas; a parte que ergue o Sol até 

Ao prumo e aqueloutra que lo traz 

Já ele sombras finais rente ao mar

Se o fim tem seu princípio, um fim 

Que logo se antecipa não começa

Por princípio o pôr-do-sol tudo se

Parece, num preciso momento, ao

Seu nascer mas em tudo difere do

Que vivo se morre do nado-morto.

Erro é pensar que a ilusão é malsã

O pão sacia a fome o beijo a boca

E se aquela volta, a outra também!



(c) Filipe M. | texto e fotografia (2017)

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