domingo, 24 de janeiro de 2016

O tempo breve da demora

Trouxe-te aqui para que parasses; creio que é 
Tudo o que precisas para andar. O movimento 
Pede a pausa, o ouvinte o silêncio. Não digas 
Nada; nada te direi. As coisas chegam: assim 
Saibamos recebê-las. O corpo também veste 
A roupa; o destino indica a partida sem dizer 
Donde vem; o olhar é leito de rio não a água 
Que lhe corre assim como nós o chegarmos 
A casa donde saímos voltados. O cansaço é 
Muito breve no aparente tempo da demora. 


(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)

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