Por vezes tenho que voltar atrás para me
Buscar. Distraio-me com facilidade e fico
Muito à frente; este ir e vir cansa alguma
Coisa. Não falo do físico que se recupera
Depressa; digo do que acontece adentro.
Dizem que vou devagar e é tão depressa
O que se desfaz o que temos por certo e
Ainda que regresse, não há conserto das
Coisas pregressas. É para acalmar a ideia
De que enlouqueço Se existiu estranheza
É todo o sobrevivo e ainda que haja verde
Vejo árvores, campos, lugares calcinados
E se o que existiu inexiste não me assiste
Este presente onde todas as coisas julgo
Sombras. Porque corro? Futuro passado!
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