Uma cicatriz. Como se uma porta entreaberta
Discretamente se fechasse, deixando presa a
Peça de roupa da véspera dum corpo d'amor
Que desaconteceu e paira procurando outro
Lugar. O ombro superfície lunar e a sua mão
Plumitiva dizendo murmúrios na longa costa
Da tua pele; uma crónica que escorre que se
Espraia em vontade e rumo próprio o para lá
Das minhas mãos que desembarcam no que
Viajam. Restituição? Ah não Nunca o mesmo
Lugar, tão-pouco o olhar. O dique represa as
Águas; mas, uma vez libertas, tudo apagam!
(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)
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