Um tempo, um modo, um lugar. Não o verbo.
Sabes que sorrio! Inalterável ser seu género;
Nunca um verbo, a tantas vozes, logo tu que
Gostas de estar calado; advérbio: o amanhã
Provavelmente algures. Dois sem mais nada
Deixando para trás aqueles não convidados
Que apareceram naquela boda que jurámos
Nua em testemunho a lua que nos acendeu
Caminhos de mar, mão líquida de honor sua
Ondeia fulgentes anéis em nossos dedos, é
De prata a noite. Salva seu altar quem julga
Que perdido é pra nunca mais se encontrar.
(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)
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