As palavras têm portas mágicas para que as
Entremos; são coisas móveis que trazem em
Si, se as lermos e as dissermos pensadas ou
Faladas como balões de hélio fartos subindo
O acordar seu torpor, sentimentos e lugares
De amor, pensamentos quase gestos, fins e
Começos, mundos reais e irreais, confissão
Dum querer, do abandono porque se viveu
Aquém ou demais tempos órfãos de lugar.
São depois e antes de nós: assim seja vez
De nascer e dizer mãe e pai ou hora de se
Morrer e, segunda última vez, o dizermos
Preces tão vãs: ah meu pai e minha mãe!
(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)
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