Duma certa forma as tuas mãos aqui
E tudo um agora raso e como demora
Atravessar a imensidão dessa palavra.
O que me sustém e me impede desta
Planície deste Alentejo chão onde me
Deito ao comprido do dia em gelo frio
Onde me queimo devagar deste vazio?
Onde as arestas ou o cabide dos teus
Olhos onde me despia? No colo dizias
E tu dizias que haveria. E não haverá!
E a adultícia é tão curta para abraçar
Para embarcar o arco-íris da infância
Para onde foste oh meu olhar d'amor
Que não me vens trazer ao portão do
Dia começado e desde logo acabado.
Porém os pés de esperança calçados!
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