Se alguma força terei nascerá de ser, porventura, fraco. À força, nada! Por
querer, pelo bem-querer, tudo o que
Me falta! Tudo o que me fala; chama
Que me assinala e convoca ao inicial
Dessa forma, firme (feixe de dúvidas
e tanto medo ainda), restituo-me a ti.
Pouco importa quem fui, para quem
Fui. Nem quem sou, nem para quem
Possa vir a ser além de mim. Insisto
Na consistente imaterialidade do que
Se sonha não como vã quimera mas
Como validação de regressos, prima
Condição de futuros; o meu e o teu.
Tu: enunciação aberta ao amor. Este
como verdade revelada e o alor que
Nos guinda do lugar desistido, para
refazermos a rua percorrida. Somos
Somas de desistências, de espaços
Vazios, de baldios e baldões? Não e
Sim. Somos a praia beijada, somos
A vaza, somos o olhar e a onda que
Finta a dor (crude que prende a asa,
que retarda o voo), somos regresso
Que se repete e desfaz e por fim, ou
começo, o ingresso p'la Porta Maior.
(c) Filipe M. | texto e fotografia (2015)
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