A viagem comporta um ensejo,
Um sentido de expectativa do
Mundo; o nosso próprio mundo
Afinal. Viver! A torna-viagem é o
Desenho alegórico do fim; onde
O olhar se torna num demorado
E gozoso exercício de gratidão
Face ao mundo a que nada se
Pede e tudo se agradece. É um
Sentido novo de despojamento
E de revisitação feliz da matéria
Dada. O riso dá lugar ao sorriso.
É uma vénia e não um aceno; já
Todas as malas foram abertas e
Todas as roupas usadas. Nós os
Nus diante de nós, nus. Olha-se
Em contentamento o portento o
Inteiro do Graal, ou espanto ou
Esplendor da vida. Rememorar;
Reviver é beijar de olhos abertos
Porque o sonho é a grandeza do
Vivido não do sonhado, o original
Prevalece sobre os duplicados.
A asa e motor: ambos de amor.
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