Há cerca de dois anos e meio descobri a(s) rua(s) como espaço habitável; casa(s) antes e depois da casa. Nesse itinerário íntimo reencontrei-me nas imagens e nas palavras. Indumentárias duma nudez súbita. Daí o nome do blog: "Poema além do belo", excerto dum poema de Ezra Pound. Fronteira de possibilidades rememoradas quanto inventadas. Daí também assiná-lo com o meu nome 'íntimo': Filipe. Demorou vinte anos a fazê-lo mas no mês de todos os 'meus' dezembros permito-me agradar-me. Em certo sentido, enceno uma conversa entre o Filipe e o Luís, que, sendo um só, são, todavia, inquilinos distintos duma mesma casa. É apenas isto: "Vida Conversável" (Agostinho da Silva) ou o "aberto do mundo" (José Tolentino Mendonça). Sem filtros de alma.
Filipe.
Funchal
(c) Filipe de Macedo [Fotografia: Av. do Mar, Funchal, 2014]
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