E a tua noite chega à minha manhã.
Sei da espera e do quarto alastrando-se pela casa e o mundo, improvável, a caber todo na moldura da janela.
E os objectos são calendários ou quando a noite se alinhava com a noite e quando amanhecia de manhã.
E quando saio às ruas há o quarto em cada passo e a cada passo mais adentro o quarto e a noite que lhe é dentro. Quando saio à rua há corredores e aquela porta sempre nos seus fins.
E tu não vens como vinhas e eu já não chego quando partia.
Outubro, 2014
(c) Filipe de Macedo
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