Por vezes parte-se porque se quis ficar. Por vezes só se fica, partindo.
E somos tudo aquilo à volta do que não-somos (ou deixámos de ser).
E percebemos que, com o devir, a dor é, talvez, um pássaro em flor.
Não a daquela primavera inaugural; uma outra, outonal, em que a exuberância dá lugar ao afago que o cansaço encontra na ternura magoada.
E a tristeza não mais um lugar mas caminho para que possamos chegar a nós e depois de nós... a ti:
uma primeira vez,
uma última vez.
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