As esporas magoam o galope
Bem vês o amor não se diz As
Esporas riscam os flancos do
Amor que não se inventa Mas
Nada detém do rio seu curso.
É o caminho que impele e diz
Quem vem daqui e dali Jogos
De vontade sem verdade que
Joguetes pouco mais somos.
Há todavia nesse meu galope
Que galopo o querer mais ou
A distração do tempo que ora
Leva ora traz e com ele vento
Que tanta falta me faz. Venho
Desse sítio onde havia mais e
É no vento o movimento que
Galopo onde lembro o tempo
Em que não olhava para trás!
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