Quando chove como ainda hoje esta manhã
Há no silêncio em casa esse corpo de água
Sobre a cama do vidro da janela da saudade
Que entra e serve café ou chá acabados de
Fazer. Lá fora o rio agarrado de mar abraça
Quem vê nadar no dentro do segredo do ir
Neste por aqui connosco, paralelo invisível
Anónimo dum nome que já foi seu não mais.
Estás lá fora e chove e eu não vou porque e
Se me chove onde estão as tuas mãos que
Faziam uma tenda para me proteger. Onde
Tu aqui que não vejo nem oiço deste hoje
Que tantos dias tem já! Podes aparecer cá
Contei até dez contra a parede outra vez!
Muitas dezenas mais; tantas; centenas. Eu
Não a casa eu não a rua sem topónimo teu
Nome em mim mas não no redor de mim o
Antónimo que fui para que te pudesse ter.
Que fazer para que me possas acontecer?
Sem comentários:
Enviar um comentário