Habituamo-nos.
Falo do rumor
Do eco da voz
(Vasta assoalhada);
A rotina da chave
A porta dos teus
Regressos a casa.
Desabituamo-nos
Ao nosso regresso
A nada; essa rotina
Do vazio da tua voz
Ausentada à partida
Nunca mais chegada
Estranhamos a dor
Como se um motor
Que há em nós se
Ligasse pela mesma
Chave que se pesa e
Impede da ironia que
Carrega em seu metal
Material fatal de se abrir
Flor de chama magoada
E nós no jogo, no logro
Na ratoeira de calarmos
Que estamos e que nos
Sentimos tão sós.
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