É um facto; foi de noite que te conheci. Aquele
Café, o artifício da linguagem e o olhar que vê
Disfarçado o teu e procura retribuição. Depois
Pausas, eternidades, pares de mãos nervosas
E a primeira palavra atontada da retoma ávida
De normalidade falha de cumplicidade a gerar
O riso mútuo: um momento cheio, uma ponte,
Uma bóia a que se agarram os náufragos não
Com volúpia, apenas o antemomento pueril, o
Aceitar dum doce inesperado. Na amarragem
Traz-se o barco ao cais acima da inconstância
Das águas e nós, superfície lisa, acima do que
Cada um especula ou já desfaz. Um facto: era
Verão; era uma noite de verão. Fora essa noite
Por anos; foi uma noite de verão por anos, um
Tipo novo de felicidade o ser feliz assim: feliz!
Chegado a casa vieras comigo sem o saberes
Sorria. Mais tarde subiste. Os frutos da árvore
Trouxeram a estação nova. O beijo caiu sobre
A pele. Não imagino mais bela ceara tua noite.
Diz quem o ignora que é de manhã o começo!
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