Bendigo o dia e sua erradiação solar
E digo corpo beijo prazer e orgasmo
Como digo a alegria larga do sorriso
Como vejo telhados em fundo de rio
Para onde desço escadas de casario
Oiço nos pássaros matinais o relógio
De pulso livre e afastamos os lençóis
Redes de extração do pão seu forno
Em nossas bocas o alimento e mãos
Oleiras recriando formas de sermos.
E há passeios cheios vozes e palreio
Balões de namorados em seus ares!
Velhos e netos em seu amparo cães
Atrelados aos mais cegos de verem
Cansaços disfarçados de euforia no
Excesso a míngua e há odores vivos
De mercados cigarros café de gente
De tão longe aqui tão perto. Pessoas
Livros que não lemos que têm nomes
Que não sabemos. Bendigo não sei o
Quê mas vou seguindo a conjugação
Do verbo ir em suas formas reflexas
Onde invento dias de junho de amor.
(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)
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