O amor termina pela mesma
Desrazão porque começa; é
Uma inevidência Um mesmo
Vaso os embarca numa rota
Aberta: sem um donde para
Nenhum e todos os lugares
É vulgar prefácio e posfácio
Atrelarem leituras primeiras
E revisão da matéria amada
Pondo o ênfase na viagem!
Mas esta por mais curta ou
Longa que seja tem pontos
De partida e chegada. Mas
Quando um chega primeiro
O outro segundo não será!
Entre o viajado e o viajante
Há uma história e meia de
Permeio. Este recolheu os
Passadiços e o porto de ir
E vir seus próprios braços.
O amante o embarcadiço,
O amado apeado Diferem
Completado e inacabado.
(c) Filipe M. | texto e fotografia (2016)