São devagar os teus olhos
Onde vêm chorar os meus
Porque poisam bem-querer
Nos lugares onde não nasce
A flor que vejo a vires colher.
E erguem pontes esses teus
Braços para que a minha dor
Possa por fim passar e deste
Mesmo mar dolente recolhas
O já teu este meu corpo tão
Exausto de nadar e porque
O cuidas em amor o beijas
A cantar para que eu possa
Adormecer sem medo que
No amanhecer não te veja
Chegar para me ergueres
E tomares porque depois
Da morte só posso amor.
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