A cabeça inclinando-se, procurando o ombro.
Um gesto adivinhado - sempre novo (outro!),
O teu olhar desenhando um arco com o meu.
Tínhamos essa porta. E foste! Cabe muito no
Pouco com que nos deparamos. Ficámos eu.
Eu contigo, já sem ti. Um fio que puxamos da
Camisola que vestimos e um fuso a memória
Tecendo agasalho. A tarde aquieta-se como
Se a manta nos crescesse pelas pernas toda
Ela ternura, um abraço de lã e amainada essa
Tempestade do mar-chão da saudade. Triste,
Desenho uma janela onde me ponho para que
Possa. Adivinhar-te chega; possa a tua mão e
Num gesto adivinhado, sempre novo (outro!)
Eu junto a minha. Foste e ficámos: eu contigo.