Claridade? O por detrás da tristeza: a primazia da chuva sobre o dia. Ficar naquele estupor, naquela página do livro, naquele primeiro som do silêncio ao fundo da casa em nós. Na boca o rumor do que não se consente falar. O frio subindo no corpo o fim da estação.
E as mãos são folhas que aparentam gestos antigos; mãos que caem, que se estilhaçam no chão, como taças morrendo a cumprir o brinde. E há a saudade duma certa possibilidade, duma certa capacidade de entrever, para lá da poalha, o sentido festivo nos dias.
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