Desespero não te encontrar
Desespero não é dor
É dizer que não espero
Nem por ti
Nem por mim
Tu não existes
Eu também não
Não esse que fui
Morreu de morte súbita o coração
No dia em que dele o sentir se perdeu
Sou jangada a braços remada
Navegante no desarrumo achado
Muito melhor que procurar no mar
O que foi nado em seu passado
É nesse mesmo outro mar
Ser por um outro de ti (re)encontrado
Para no porto à chegada
Sermos a cidade anunciada.
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