Queriam ver naquela tristeza toda de que
Falava uma Pangeia por tão imensamente
Escrita. Quando em verdade é um eco do
Mesmo emitido som da voz. Um arauto, o
Promontório donde essa terra uma se vê
Repartida (como o pão que todos saciou)
Por mundos vários do mundo só. Do mais
Alto ponto ainda divisar que não fosse tal
Tristeza relevo jamais perceberia que tão
Pequena é no desigual tamanho d'alegria.
Que me importa a sentinela se a ela devo
A desatenção com que ando na rua. Vida
Vejo-a profusa de desmedida nas ínfimas
Coisas. Mas quem até ela lhe leva a água
Dessa mesma sede que nos faz bebê-la?
Cada um seu jeito; o meu é assim. Se por
Cada lágrima (chorada ou não) um sorrir
Meu, faço aquilo que ela silente me está
A pedir. Quem pode ver por mais barcos
Que andem a navegar capazes inda que
Todos juntos de cobrir o imenso do mar?
Não por acaso as escritas letras de tinta
São sempre menores que o papel, como
No céu o é menor-maior o voo das aves.
A costura dá a junta tal como a margem
O rio. Igual com a alegria que no inverso
Proporcional em tristeza se permite ser!
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