Há no ar o pó de caminhos, o turvo da
Chuva, o difuso da irradiação solar, do
Manto breu, pano estelar da noite céu.
Os cascos onomotopeia soa o tambor,
Ressoam ferindo o ar, arauto do medo
A chegar; lado nenhum há onde não vá
Erguendo maior que o ar, uma vela que
Navega meu ser antes que o possa ser.
Centauro, vê no claro rio água de beber
Cuja fonte nasce da dor no flanco, tuas
Mãos, flor audaz, afagam o meu estado
O de todas as incertezas, de hesitações
Cavas que travam, que retardam e dizes
Ser o contrário: passos atrás no balanço
De quem se agiganta, não dum tamanho
Que nos aumente mas o preciso ver-nos
Como somos e das tuas mãos a água da
Sede, benfazeja tua humana malga meu
Bebedouro; cavalo alado este o homem
Que que do medo sua cicatriz desenha
O rio da travessia: água cursa novo dia!
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